Há um tempo atrás era visto com bons olhos ter uma longa carreira numa mesma empresa, mas o dinamismo da vida resignificou esta crença. Atualmente pesquisas indicam que o ciclo do talento dura em torno de 3 anos, isto é, o tempo que o profissional está contribuindo numa mesma função, área e/ou empresa, depois o caminho é se reinventar.
É preciso se preparar, se planejar, se interessar e conhecer as possibilidades de colocação que sua empresa oferece que se encaixam no seu perfil e perceber se pode contribuir com as mesmas. Se esgotarem as possibilidades dentro da sua empresa, dê uma espiada no mercado. É mais fácil conseguir uma colocação estando empregado.
Atenção! Se preparar para uma transição de carreira exige uma reserva financeira planejada com antecedência para isso.
Tenho observado algumas situações em comum com os clientes que atendo que passam por uma transição de carreira:
- Apesar da alta expectativa de vida com saúde, infelizmente o mercado ainda é cruel com a recolocação dos profissionais na faixa dos 50 anos, com uma carreira brilhante, muitas vezes em grandes empresas e perdem o emprego. É comum neste periodo terem adquirido um profundo conhecimento na sua área, mais de 20 anos na mesma empresa, estaram com uma família constituída e filhos adultos. Coincidentemente nesta fase, começam a reavaliar a importância de ter mais autonomia, flexibilidade de horários, e ter mais tempo para família, lazer e hobbies. Estes passam a ser valores importantes;
- Com o foco na qualidade de vida, a maioria dos profissionais com este perfil, que possuem um fôlego financeiro para algum tempo e/ou que já podem usufruir da previdência privada, opta por consultoria para prestação de serviços, para compartilharem os conhecimentos adquiridos nos longos anos de experiência profissional e conciliarem a vida profissional com vida pessoal;
- As mulheres na faixa entre 35 e 45 anos, com filhos abaixo de 12 anos, que passam por uma transição de carreira inesperada, à qual investiram anos, paralelamente à construção de uma família, um fator significativo que pesa na decisão de como fazer esta transição é a dedição à família, que talvez tenha ficado durante um tempo em segundo plano. Para estas que, têm suporte financeiro e mais tempo para buscar uma nova coloclação, o momento é delicado e de dúvida, e as leva a reavaliar os seus outros papéis fora do mundo profissional. Após terem convivido com a rotina familiar por um periodo, a tendência é optarem por uma atividade profissional que permita conciliar com o lazer, vida pessoal e social.
Lembre-se! Numa transição de carreira é fundamental o autoconhecimento, a coragem e determinação para sair da zona de conforto, porque conseguir novos resultados exige que se tenha novas atitudes.
Boa reflexão!
Série transição de carreira – Artigo 2
Elisabeth Heinzelmann – Life & Executive Coaching