Na comunicação interpessoal, há algumas atitudes corriqueiras, nas quais a pessoa pensa estar “ajudando”, mas na verdade está desrespeitando o outro:
1 – Julgamento;
2- “Ajudar” quando o outro é o responsável e pode fazer;
3 – Você “Deveria”;
1- Julgamento
Normalmente um julgamento constitui uma censura à escolha e à experiência do outro. Geralmente não contribui em nada e não incentiva a pessoa a se explorar profundamente.
Quando alguém julga, significa que ele quer mostrar à pessoa que está sendo julgada que o ato dela é uma fantasia. Quem julga, o faz com base em sua própria experiência, sem avaliar a experiência do outro. No julgamento sempre tem uma parte do conteúdo de quem está julgando, na verdade “eu acuso o outro como responsável pela minha experiência”.
2- “Ajudar” quando o outro é o responsável e pode fazer.
Refiro-me aqui a situações do dia a dia, onde ninguém está correndo algum risco.
Antecipar-se para ajudar alguém sem ser solicitado ou concordar em auxiliar em algo que o outro é o responsável, é encoraja-lo à ilusão de que ele não dá conta e precisa de alguém para resolver suas questões. Querer assumir a responsabilidade pelos outros é impossível. Cada um só pode ser responsável por si próprio e pelo que faz.
A pessoa que “ajuda”, desta forma, pode estar querendo fazer o papel de “salvador”, pois isto alimenta sua própria vaidade.
Importante lembrar-se de utilizar o bom senso, pois existem situações onde isto significa uma gentileza.
A melhor forma de colaborar com alguém é ajudando-o a tomar consciência de sua força, de sua energia, de sua experiência.
3 – Você “Deveria”
Dar conselhos, dizer para o outro que ele “deveria” isso ou aquilo, é convidá-lo a experimentar algo que faz sentido somente para quem está sugerindo. É querer colocar a própria verdade como única verdade para o outro.
O único “deveria” que faz sentido é dizer que ele “deveria” refletir sobre sua própria experiência, qualquer que seja ela, e pensar no impacto que a mesma está causando a si próprio ou à situação.
Boa reflexão!
Escrito por Elisabeth Heinzelmann – Coach de Vida & Carreira, Supervisora de Coches, Analista Transacional Organizacional e Interculturalista.