Jogos Psicológicos 1

Definição de Jogo Psicológico:

“O estudo dos jogos psicológicos foi desenvolvido por Eric Berne (1910-1970), que explica que a teoria é como um mecanismo pelo qual as pessoas evitam os comportamentos fundamentais para a autonomia, em função do seu aprendizado durante a infância. Ou seja, um jogo psicológico é uma unidade de relacionamento com cenas repetidas e um desfecho previsível.”

Apesar das relações serem consideradas plausíveis, elas têm uma motivação escondida, como se fosse um truque ou uma mágica. Este motivo que fica escondido atende a outra parte do ego que não se manifesta de forma clara, mas que exige uma satisfação.

Em termos técnicos, podemos dizer que os jogos psicológicos são padrões disfuncionais do comportamento, considerados jogos. São situações repetitivas, instaladas com o objetivo de obter carinho. Podemos afirmar que é uma forma da pessoa resolver conflitos do passado no aqui e agora.

“A máxima de que os fins justificam o meio ficam muito claras para caracterizar os jogos psicológicos. Assim sendo, Berne afirma na obra “Os Jogos da Vida que um jogo é uma série de transações complementares que se desenrolam até um desfecho definido e previsível. Ou seja, pode ser descrito como um conjunto repetido de transações, não raro enfadonhas, embora plausíveis e com uma motivação oculta. Para definir de maneira simples, Jogos são constituídos por uma série de lances com uma cilada ou ‘truque’ no meio ou no fim”.

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“Berne entendia os Jogos psicológicos como defensivos; no entanto, nestes dias podemos pensar sobre esses processos em termos mais amplos. Os Jogos podem envolver a repetição ou a defesa contra as primeiras experiências que, de uma forma ou de outra, limitavam a capacidade da pessoa de processar e integrar o que estava acontecendo com ele e dentro dele. Os Jogos contêm o nível mais profundo de expectativa relacional e necessidades não satisfeitas e tentam evitar a dor dessas primeiras experiências. No entanto, eles também podem ser entendidos como a declaração de experiências sem palavras; a comunicação de algo que nunca foi formulado na linguagem e, portanto, só pode ser expresso através do gesto, afeto e ação. “(Jogos Psicológicos e Processos Intersubjetivos  – Jo Stuthridge & Charlotte Sills – Transactional Analysis in Contemporary Psychotherapy, Karnac , London (UK), 2016)