“Os Jogos fazem muito para reforçar a constância no Quadro de Referência (Schiff et al., 1975), isto é, a capacidade de manter através do tempo as mesmas crenças e sentimentos sobre si mesmo, sobre as outras pessoas e sobre a situação da vida. Ao considerar as razões para o Jogo, é necessário compreender o paradoxo em manter um Quadro de Referência constante: é necessário um Quadro de Referência constante para manter a sanidade, isto é, a estabilidade, mas um Quadro de Referência demasiado constante ou rígido pode levar à descompensação e à insanidade. Se um indivíduo muda de crenças com frequência, ele pode em breve não saber o que pensar, ou pode parar de pensar, ou pode pensar descontroladamente e fora de contato com a realidade. Assim, as pessoas precisam de certa constância e seletividade de crença ao longo do tempo para poder funcionar de forma eficaz e permanecer sadias. Por outro lado, para além do teste de realidade do Adulto, os mecanismos psicológicos que ajudam a manter um quadro de referência constante – Desqualificação, Redefinição, Grandiosidade, Jogo Psicológico, Injunções e Decisões precoces – distorcem aspectos da realidade. Quando aderidos cegamente, apesar da evidência perceptiva, podem tornar a realidade insuportável a tal ponto que a insanidade ou o suicídio aparecem como alternativas válidas.”(Jenni Hine. The Bilateral and Ongoing Nature of Games .TAJ, Vol. 20, No 1, janeiro, 1990)